Afinando os instrumentos - I
- Victor Hugo Ramallo
- 6 de out. de 2016
- 3 min de leitura

Louvar-te-ei com retidão de coração quando tiver aprendido os teus justos juízos. (Salmos 119.7)
De um tempo para cá alguns queridos irmãos e irmãs me procuraram com dúvidas referentes a questões envolvendo a área de música nas igrejas locais. De fato, isso vem ocorrendo há alguns anos e são irmãos e irmãs de diferentes cidades, idades e muitos deles nem se conhecem.
Contudo percebo que tais dúvidas estão aumentando tanto no que se refere a frequência com que são feitas as questões como a quantidade de pessoas distintas que as formulam. Não sou músico, apesar de apreciar muito música, ser de uma família de músicos e brincar de percursionista, não posso me dizer ser um músico, apenas sirvo como pastor e tenho me dedicado ao ensino na Igreja há quase 30 anos. Vi muita coisa, li outras tantas, ouvi debates, participei de discussões e tive acesso a argumentos sobre isso, mas eu diria que principalmente convivi com a área musical das igrejas por muito tempo, tanto nas que servi como pastor como em outras e pude compartilhar com muitos irmãos no decorrer dos anos sobre problemas, dificuldades, questões e benefícios dessa área na vida de uma igreja local e das pessoas que ali congregam.
Minha forma de enxergar a situação não é a de um músico, mas de um pastor e mais que tudo de um irmão que deseja ajudar e buscarei fazer isso de modo que o alicerce bíblico seja claro a todos.
Bom, vamos às questões.
Irmãos sinceros, assim creio eu, querem encontrar parâmetros para a área de música e é natural que haja divergência nesse processo. E isso é muito bom, se for algo de fato sincero e visando a edificação dos irmãos e irmãs na fé. Dessa busca de parametrização surgem perguntas como:
Existe ministério de música?
Qual a função da música na igreja local?
Como definir critérios para essa área?
Quem pode participar dessa área?
Como devem ser preparados tais participantes?
Tem espaço para a teologia na área musical?
Como deve ser o músico espiritualmente?
Quem deve ser o responsável por tal área?
Qual o papel do pastor na área de música?
Levita? Músico? Adorador?
Tocar e cantar equivale a ser usado por DEUS?
Qual o ritmo correto para louvar o SENHOR?
Música nova é ruim e antiga é boa! Ou será o contrário?
Que instrumentos são aceitáveis na área de música das igrejas locais?
Que ações podem ser feitas em conjunto com a música?
E as emoções? Qual o papel delas nessa área?
O líder de música conduz ou induz?
O que a igreja deve esperar dos músicos?
Certamente devem existir muitas outras perguntas a serem respondidas e na medida que elas forem sendo trazidas à tona e eu tiver como contribuir na formulação da resposta irei acrescer a esta lista. Algumas delas foram incluídas por sugestão de músicos próximos a mim, eu estou escrevendo estes textos (serão vários publicados no meu blog) e vou trocando ideias com outros irmãos (uns são músicos e outros não) sobre estas perguntas.
E bem provável que algumas das respostas que apresentarei a tais perguntas suscitarão mais perguntas, e isso é também muito bom, pois permitirá que o tema seja mais esmiuçado e que haja uma melhor compreensão das questões correlatas. Não há a menor pretensão de escrever um compendio sobre este tema, mas apenas ajudar os músicos, pastores e igrejas locais na formulação de respostas, espero que tudo isso seja útil de alguma forma.
Um fraterno amplexo
Taboão da Serra, 06 de Outubro de 2016
Victor Hugo Ramallo, pastor
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PS: Fiquem a vontade para postarem comentários e perguntas se preferirem podem me contatar no meu perfil no facebook (VHRamallo)
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