Disse o néscio
- Victor Hugo Ramallo
- 25 de set. de 2020
- 3 min de leitura

Há uns meses atrás li um texto e admito que muito me incomodou.
Não porque fosse uma verdade que me atingiu de modo intenso ou porque trouxe à luz algum fato desconhecido, mas pela sua falta de lógica.
O texto é este:
“Em contrapartida, parece que as certezas que realmente gostaríamos de ter não são indubitáveis. Por exemplo, a existência de Deus pode ser negada pelos homens. A própria Escritura confirma isso: “O insensato diz no seu coração: Deus não existe” (Sl 14.1). Ora, se a certeza de que Deus existe fosse indubitável, a história da humanidade seria outra, porque, os homens já não poderiam mais viver como se ele não existisse. ”
Não sei qual a tradução da Bíblia ele utilizou, mas eu uso a ACF (Almeida Corrigida Fiel da Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil).
“DISSE o néscio no seu coração: Não há Deus.” (Salmos 14.1a)
A possível negação da existência do SENHOR não ocorre por ser uma possibilidade lógica, mas pela rejeição da própria lógica e racionalidade. O termo “néscio” significa:
“Adjetivo: Característica de quem não possui conhecimento, capacidade, sentido ou coerência.
Substantivo masculino: Sujeito ignorante, estúpido, incompetente, incoerente.” (fonte: https://www.dicio.com.br/nescio/)
Oras, aquele que nega a existência do SENHOR o faz por ser néscio e não porque encontrou motivos lógicos ou coerentes para embasar sua conclusão. O néscio, como vimos na definição dicionarizada, é uma pessoa desprovida da capacidade de raciocínio lógico. Os seres humanos podem (no sentido de conseguirem fazer e não de terem permissão para fazer) fazer, pronunciar ou defender as sandices mais descabidas e ilógicas, e isso não as torna verdades. Seguem sendo sandices. Temos como exemplo a disforia de gênero sendo aceita e defendida como uma verdade e seus proponentes defendendo tal transtorno psiquiátrico[1], atualmente inclusive querem que os demais aceitem tal transtorno como sendo algo real e positivo.
A negação da existência do SENHOR é algo mais néscio que a defesa da disforia de gênero e da “idade fluida”[2]. É claro que a existência do SENHOR é indubitável, sinceramente o texto que li e gerou este meu texto é um pouco paulofreiriano[3]. Infelizmente, algumas pessoas ao lerem um texto como esse que é assinado por alguém que possui uma certa fama e tem apoio de outros famosos são levados a crer que está correto.
Vejamos o que a Palavra do SENHOR nos ensina sobre “poder negar a existência do SENHOR”.
Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; (Romanos 1.20)
O apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, deixa claro que não há desculpa (inescusáveis) para negar a existência de DEUS e de Seu poder. Ele nos ensina que o entendimento dessas verdades não é oculto ou hermético, mas sua compreensão é plenamente acessível.
Logo, dizer que a existência de DEUS não é indubitável é afirmar algo que a Palavra nega.
De fato, esse texto que li poderia jamais ter sido escrito, mas pelo menos serviu para duas coisas:
Poder mostrar que realmente somente um néscio acha possível e aceitável afirmar que “não há Deus”;
Entender que somente há um livro que não podemos ir para a outra vida sem jamais ler, e esse livro é a Bíblia
Um fraterno amplexo

[1] https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/transtornos-psiquiatricos/sexualidade-disforia-de-genero-e-parafilias/disforia-de-genero-e-transexualismo
[2] O conceito de “idade fluída” é basicamente crer que a idade cronológica não é real, mas que uma pessoa pode definir a sua “real” idade. É outro transtorno psiquiátrico.
[3] Aqui uso esse neologismo no sentido de um texto confuso e que lança confusão na mente de alguns leitores.
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