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Eis um cristão-batista!

Atualizado: 27 de out. de 2022


Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, (Efésios 4.14 e 15)
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Em tempos onde a incessante busca por sermos aceitos por todos (e isso é algo não só impossível como altamente pernicioso) é importante que seja definida a importância da identidade. Seja ela no âmbito pessoal, no familiar, no étnico e também no da perspectiva doutrinal cristã.

Temos tantos segmentos que se apresentam como cristãos nos dias de hoje que a confusão é mais que evidente.


Desafortunadamente muitos dos líderes de igrejas locais e até denominacionais tem se preocupado com o que eles consideram o processo de “tornar a igreja relevante” (em breve apresentarei um artigo sobre tal tema) que parecem estar dispostos a fazer muitas concessões em pontos fundamentais com o enganoso propósito de “fortalecer a unidade da Igreja”.

Nesse processo se perguntarmos hoje a alguns líderes e membros de congregações batistas sobre qual seria o principal distintivo doutrinal dos cristãos-batistas teríamos distintas respostas e muitos sequer teriam uma reposta.

Não viso aqui enaltecer um segmento denominacional acima dos demais, mas apenas trazer uma reflexão aos cristãos-batistas para que avaliem se de fato entendem e sabem o que é ser um cristão-batista. Entendo que se estou em determinada congregação devo estar por dois fatores, a saber: estar convicto que congregar nessa igreja local é a vontade do SENHOR para minha vida e de minha família e saber (e claro estar de acordo) quais são os princípios doutrinais dessa congregação.

É triste, mas muitas pessoas não consideram esses dois pontos e isso explica o alto fluxo migratório entre as mais distintas igrejas locais, denominações cristãs e até distintos grupos religiosos.

Voltando a ideia efetuar a pergunta aos caros leitores …

Já fiz tal pergunta e ouvi interessantes respostas.

Uns dizem que seria o congregacionalismo (ou seja, que o governo das igrejas seria local e não denominacional); outros argumentam que é o equilíbrio entre o legalismo e o liberalismo moral; tem aqueles que dizem que ela manter uma certa distância do Estado (se bem que tal característica está ficando esquecida); uns afirmam que seria o fato de sermos reformados (mas tal crença não é correta) e ainda temos os que argumentam que o principal distintivo doutrinal dos batistas é livre interpretação das Escrituras Sagradas. É esta última resposta a que me preocupa.

Sim os cristãos batistas, são congregacionais, defendem o equilíbrio moral e comportamental e deixam claro que o Estado e a Igreja não se mesclar e muito menos fundir. Contudo, nenhum destes pontos pode ser visto como sendo o principal, eles tem sua importância e lugar em nossa perspectiva teológica e filosófica, mas não são o mais importante.

O problema é que alguns ao citarem a nossa convicção referente a liberdade de consciência com uma anuência (concordarmos) com as conclusões da liberdade de consciência.

Sim, defendemos que todo ser humano é livre para pensar e crer como assim o desejar, mas insistimos que tal liberdade está direta e proporcionalmente ligada às consequências de tal exercício de liberdade.

Vamos exemplificar.

Você é livre para achar que uma pessoa pode ser fofoqueira ou ter uma vida licenciosa ou ainda defender que as pessoas podem escolher seu gênero e inclusive assumirem comportamentos sexuais contrários à Palavra de DEUS e que tais práticas ou intenções não são pecaminosos ante o SENHOR, o exercício dessa liberdade não torna tais pecados aceitáveis a DEUS. Tampouco nossa defesa da tua liberdade de consciência significa que aceitaremos que você ensine ou defenda tais ideias em nossas reuniões de estudo e culto ao SENHOR ou mesmo que prossiga como membro das congregações batistas. Você é livre para crer, e nós somos livres para não aceitar o que você crê e nem permitir que dissemine o que crê entre nós.

É claro que os adeptos da Teologia Liberal e Progressista insistem em ficar entre nós (cristãos-batistas) e lançar as sementes de joio. É nosso direito e exercício de liberdade não permitir isso.

Mas, afinal qual é o principal ponto doutrinal de nossa perspectiva teológica e identidade como cristãos-batistas?

É a nossa clara compreensão e apego a exclusiva autoridade da Bíblia. Nós sabemos e defendemos que ela é a Palavra de DEUS e que foi plenamente inspirada por Ele, bem como foi por Ele preservada através dos séculos. Não tentamos encontrar trechos de verdade nela, como ensinam alguns teólogos que até defendem que ela deva ser “atualizada”, nós sabemos que a Bíblia é plenamente verdadeira e por tudo isso ensinamos que a Bíblia é a nossa única regra de fé e prática.

Todas nossas demais convicções doutrinais derivam dessa certeza. A Bíblia é a Palavra de DEUS.

Por essa razão o que ensinamos, cantamos, vivemos, nos comportamos e relacionamos deve ser pautado pelos ensinos contidos na Palavra de DEUS.

Os cristãos batistas não aceitam revelações extra bíblicas ou ensinos que não estão solidamente alicerçados nas Escrituras Sagradas.

A nossa biblicidade é o nossa principal característica.


Pense nisto.


Um fraterno amplexo


Victor Hugo Ramallo,

um pastor batista conservador


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