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Evangélico, Católico e os obstáculos à Unidade (resenha)


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Título: Evangélico, Católico e os obstáculos à Unidade

Autor: Michael Horton

Editora: Vida Nova

1a edição 2017 - 61 página


Expectativa: 6/10

Resultado: 9/10


Li este livrete do teólogo reformado Calvinista Michael Horton, já havia lido sua obra "A favor do Calvinismo". Quando este livro foi lançado me chamou a atenção (em especial pela publicidade da editora). Um livro de 61 páginas em formato pequeno. Fácil de ler e, para minha grata surpresa, ao final apresenta a conclusão que a teologia do romanismo papista não pode ser considerada cristã. Acho que ele poderia ser mais enfático nessa conclusão, mas posto que ele é ministro ordenado da Igreja Episcopal Reformada suponho que opte por seguir uma linha mais diplomática e menos enfática.


Se recomendo o livro?


Não é uma obra fundamental em biblioteca pastoral, mas como o encontrei num "saldāo" não resisti a oportunidade.

Como teólogo reformado ele defende a Reforma e os reformadores, e corretamente ensina que estes queriam "consertar/reformar" a ICAR algo que Horton acha válido.


Bom, essa é uma das razões pelas quais não me considero um reformado. A ICAR nunca deveria ter sido considerada como cristã, ela nasceu já sendo uma deturpação do cristianismo. Querer reformar essa instituição é um erro.


As informações históricas no livro de Horton confirmam o desejo de Lutero em não sair da ICAR e isso é importante que os reformados de hoje vejam escrito por um autor reformado famoso pois evita o argumento que estamos denegrindo a memória dos refornadores.

Ele com base no argumento que o termo católico significa "universal" defende que evangélicos são católicos. Aliás ele considera que os termos "evangélicos" e "reformados" são sinônimos. Discordo. Muitos evangélicos, como eu, não nos consideramos reformados, mas isso é tema para um outro texto.


No seu 3o capítulo ele corretamente argumenta que os católico-romanos não são evangélicos e mostra que os teólogos da ICAR que tentam ensinar que todo o católico fiel é também evangélicos se baseiam em aparente piedade e não em sólida teologia.


No capítulo 4 Horton mostra de modo claro que a teologia romanista (no que se refere a soterologia) é incompatível com as Sagradas Escrituras e portanto não pode ser aceita pelos cristãos (sejam eles reformados ou evangélicos, eu acrescento)


No capítulo 5 ele apresenta mais pontos de clara divergência com a ICAR usando declarações contidas nos documentos doutrinais oficiais do romanismo. E mostra como o Concílio Vaticano II apesar de versar sobre uma suposta unidade na verdade é uma declaração de que todos devem se submeter a ICAR. Ele segue expondo o erro da mariolatria e da veneração aos santos.

Na conclusão deixa claro de que alguns olham para o ecumenismo com bons olhos e a pressão ao nosso redor parece induzir a isso tal unidade não deve ser apoiada.


Minha conclusão final.

Foram dez reais bem investidos.

Apesar de discordar dele em pontos periféricos concordo com seus argumentos sobre a incompatibilidade entre as igrejas cristãs e a ICAR.



Um fraterno amplexo

Victor Hugo Ramallo


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