Evangélico, Católico e os obstáculos à Unidade (resenha)
- Victor Ramallo
- 25 de fev. de 2021
- 2 min de leitura

Título: Evangélico, Católico e os obstáculos à Unidade
Autor: Michael Horton
Editora: Vida Nova
1a edição 2017 - 61 página
Expectativa: 6/10
Resultado: 9/10
Li este livrete do teólogo reformado Calvinista Michael Horton, já havia lido sua obra "A favor do Calvinismo". Quando este livro foi lançado me chamou a atenção (em especial pela publicidade da editora). Um livro de 61 páginas em formato pequeno. Fácil de ler e, para minha grata surpresa, ao final apresenta a conclusão que a teologia do romanismo papista não pode ser considerada cristã. Acho que ele poderia ser mais enfático nessa conclusão, mas posto que ele é ministro ordenado da Igreja Episcopal Reformada suponho que opte por seguir uma linha mais diplomática e menos enfática.
Se recomendo o livro?
Não é uma obra fundamental em biblioteca pastoral, mas como o encontrei num "saldāo" não resisti a oportunidade.
Como teólogo reformado ele defende a Reforma e os reformadores, e corretamente ensina que estes queriam "consertar/reformar" a ICAR algo que Horton acha válido.
Bom, essa é uma das razões pelas quais não me considero um reformado. A ICAR nunca deveria ter sido considerada como cristã, ela nasceu já sendo uma deturpação do cristianismo. Querer reformar essa instituição é um erro.
As informações históricas no livro de Horton confirmam o desejo de Lutero em não sair da ICAR e isso é importante que os reformados de hoje vejam escrito por um autor reformado famoso pois evita o argumento que estamos denegrindo a memória dos refornadores.
Ele com base no argumento que o termo católico significa "universal" defende que evangélicos são católicos. Aliás ele considera que os termos "evangélicos" e "reformados" são sinônimos. Discordo. Muitos evangélicos, como eu, não nos consideramos reformados, mas isso é tema para um outro texto.
No seu 3o capítulo ele corretamente argumenta que os católico-romanos não são evangélicos e mostra que os teólogos da ICAR que tentam ensinar que todo o católico fiel é também evangélicos se baseiam em aparente piedade e não em sólida teologia.
No capítulo 4 Horton mostra de modo claro que a teologia romanista (no que se refere a soterologia) é incompatível com as Sagradas Escrituras e portanto não pode ser aceita pelos cristãos (sejam eles reformados ou evangélicos, eu acrescento)
No capítulo 5 ele apresenta mais pontos de clara divergência com a ICAR usando declarações contidas nos documentos doutrinais oficiais do romanismo. E mostra como o Concílio Vaticano II apesar de versar sobre uma suposta unidade na verdade é uma declaração de que todos devem se submeter a ICAR. Ele segue expondo o erro da mariolatria e da veneração aos santos.
Na conclusão deixa claro de que alguns olham para o ecumenismo com bons olhos e a pressão ao nosso redor parece induzir a isso tal unidade não deve ser apoiada.
Minha conclusão final.
Foram dez reais bem investidos.
Apesar de discordar dele em pontos periféricos concordo com seus argumentos sobre a incompatibilidade entre as igrejas cristãs e a ICAR.
Um fraterno amplexo
Victor Hugo Ramallo
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